domingo, 5 de fevereiro de 2023

O que é Banco de remédios?

Uma opção que pode ajudar pessoas que não tem acesso à determinados tipos medicamentos, saiba como funciona e como se cadastrar.

Banco de remédios foi o assunto da conversa que Artemisa Azevedo esteve com o diretor presidente do Instituto brasileiro de auditoria em vigilância sanitária, (Imbravisa), Dr. Rui Damenhain. 

O que é o Banco de remédios? Conforme o diretor, esse banco foi criado na região de Porto Alegre, Rio grande do Sul, a ideia é pegar aqueles remédios que sobraram e disponibilizar para outras pessoas, esse procedimento é feito através de um cadastro e com indicação médica. Alguns aspectos técnicos ainda devem ser discutidos e aprimorados.

Confira a íntegra da entrevista no player abaixo:

https://audios.ebc.com.br/e6/e635091f100018e23af0868de9074e82.mp3

https://radios.ebc.com.br/falando-francamente/edicao/2016-05/banco-de-remedios

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Medicamentos 'imprescindíveis' em falta no Brasil



Levantamento de entidades de saúde mostra que 97,4% dos profissionais de saúde relatam escassez de remédios do tipo. Dipirona lidera lista

O Brasil tem 14 “medicamentos imprescindíveis ao cuidado à saúde” em falta nos hospitais públicos e privados, indica pesquisa conduzida por seis entidades ligadas ao setor. O levantamento ouviu 883 profissionais de 25 Estados e do Distrito Federal, e 97,4% deles relataram que há escassez de ao menos um fármaco nos estoques. O problema atinge até mesmo Minas Gerais, onde a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG)  registra desabastecimento de 51 medicações. 

"Ratificamos nossa preocupação, pois o acesso a estes medicamentos é indispensável ao processo assistencial", escrevem as entidades de saúde no documento enviado ao ministro da Saúde Marcelo Queiroga. A lista também chegou a outras entidades ligadas ao governo federal, aos Estados e Municípios, assim como aos conselhos federais de Farmácia e de Medicina. 

Quem lidera a lista é um medicamento amplamente conhecido pela população. A Dipirona Sódica injetável está em falta para 61,5% dos trabalhadores de saúde consultados. O fármaco ganhou a classificação de essencial porque as outras opções disponíveis para combate à dor e à febre nem sempre alcançam os resultados esperados pelos médicos. 

Outro medicamento fundamental em falta é a Ocitocina ampola, em falta para 15,4% dos entrevistados. A escassez da medicação compromete significativamente a realização de partos no País. Outro desfalque importante é o dos contrastes radiológicos, problema para 28,1% dos ouvidos e fundamental para a realização de exames de imagem. 

Para o médico intensivista pediátrico Luiz Eduardo Parreiras Tálamo, o problema de escassez de medicamentos tem como causa uma crise na cadeia de logística. “Você teve uma quebra na capacidade de produção e de logística ao mesmo tempo, com menos insumos disponíveis. Ao mesmo tempo, pós-pandemia, tivemos uma série de infecções virais e bacterianas, que aumentou a demanda. Mas, a solução é com o poder público. O Brasil não tem um parque industrial, então a gente não é autossuficiente”, diz o profissional da saúde. 

Outro medicamento em falta que preocupa os trabalhadores da saúde é a da amoxicilina oral – desfalque sentido por 36,5% dos entrevistados pelas entidades responsáveis pelo levantamento. "É um antibiótico para infecções respiratórias. Eu trabalho no setor hospitalar e, no momento, está tranquilo. Mas, a gente vê alguma dificuldade em farmácias. Pacientes que tentam comprar e voltam ao hospital dizendo que não encontraram. Mas, já esteve pior. Está começando a melhorar”, diz o médico intensivista Luiz Eduardo Parreiras Tálamo.

Outro antibiótico em falta é a amicacina injetável, sentida por 34,3% dos questionados pela pesquisa. Outro desabastecimento significativo, sentido por 36,3% dos profissionais de saúde, é da atropina injetável. Sua escassez compromete ou até impede algumas cirurgias, já que a medicação realiza o bloqueio temporário dos efeitos muscarínicos, que podem causar efeitos graves ou até mesmo a morte.

A coleta de dados foi realizada na última semana de junho e ouviu 883 profissionais de saúde, entre médicos, farmacêuticos, enfermeiros, administradores e outros funcionários. Desses, 47,2% trabalham no setor público, 28,9% no privado, 15,2% em mais de um hospital e 8,7% em outros setores. A maioria dos respondentes (56,9%) é formada por farmacêuticos. 

Por: Gabriel Ronan | Fonte: O TEMPO

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Medicamentos vencidos são desperdiçados em depósitos do Ministério da Saúde

 

No dia 14 de julho, o Jornal Nacional exibiu uma reportagem sobre a falta de medicamentos nas farmácias populares em várias cidades do Brasil. Nesta terça-feira (19), o JN mostra que muitos desses remédios foram deixados em estoques do Ministério da Saúde e perderam a validade.

Vanessa teve sintomas de dengue, mas não havia testes nos postos para confirmar a doença: “Não sei se foi a dengue, se foi a chikungunya, se foi zika porque não fiz exame’”, afirma ela.

O que faltou para Vanessa está entre os 45 mil kits de detecção da dengue vencidos em um dos estoques do Ministério da Saúde. E tem mais: ao todo, são quase 22 milhões de itens que perderam a validade em centros de distribuição que ficam em São Paulo e no Rio de Janeiro. Isso sem contar os que estão danificados.

Só de vacinas vencidas tem 3,75 milhões de doses da pentavalente - que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e ainda contra haemophilus, influenza tipo B - ; outras 2,75 milhões de unidades de spray usado no tratamento de diabetes; além de 88 mil ampolas de insulina; 4,16 milhões de unidades de bactericidas e de medicamentos para o tratamento da Aids.

E em plena pandemia, são mais de 344 mil doses de vacinas contra a Covid. Tudo perdido. Um prejuízo de R$ 46,6 milhões. Ao todo, são mais de R$ 243 milhões jogados fora.

Os dados foram disponibilizados pelo próprio Ministério da Saúde pela Lei de Acesso à Informação, depois que o Tribunal de Contas da União determinou a suspensão do sigilo sobre essas informações - a pedido de parlamentares.

Enquanto esses medicamentos estão vencendo, há escassez de uma parte deles em farmácias populares em quase todo o país, segundo o levantamento da Confederação Nacional de Municípios. É o caso de antibióticos: amoxicilina, vencida há 742 dias; e azitromicina, há 893 dias. Esses dois medicamentos estão em falta em pelo menos 800 cidades.

O médico sanitarista da Fundação Getúlio Vargas Adriano Massuda comentou o desperdício.

“É absolutamente inadmissível que se perca produtos tão sensíveis como esses que foram identificados. A gente está falando de vacinas, de antirretrovirais, de medicamentos para diabetes, medicamentos essenciais. A população não deixou de ter esses problemas", afirma Massuda.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que todas as dependências são controladas e fiscalizadas pelo Departamento de Logística da pasta, para mitigar qualquer risco de perdas. A distribuição para estados e municípios é programada de acordo com o cronograma de rotina ou por solicitação das secretarias estaduais de saúde. A existência de itens estocados por longo período após o vencimento é geralmente ligada à possibilidade de uso em finalidades científicas ou possibilidade de extensão da data de validade.

Fonte: Jornal Nacional | Grupo Globo

terça-feira, 19 de julho de 2022

Indígenas Ianomâmis denunciam falta de medicamentos para suas crianças.

Lideranças indígenas dizem que região em Roraima está há nove meses sem remédios e também relatam aumento de casos de malária.

Ausência de medicamentos para tratar verminose, falta de profissionais da saúde e aumento de casos de malária foram denunciados em carta pela Hutukara Associação Yanomami (HAY) da Terra Indígena (TI) Yanomami, localizada entre Roraima e Amazonas. O documento foi enviado para o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami e Yekwana (Dsei-YY), do Ministério da Saúde no dia 12 de julho.

A associação relata que nos últimos nove meses os postos de saúde da TI Yanomami estão com estoques zerados do medicamento Albendazol – “remédio básico para o tratamento de verminose”, como explicam as lideranças.

Diante da falta desse medicamento, “nossas crianças chegam ao ponto de expelir vermes pela boca” e “há muito tempo não está sendo feito o tratamento com regularidade”, denuncia a carta. No documento, as lideranças detalham que, das comunidades atendidas pelo Dsei, apenas 10% têm acesso à água potável por meio de poços artesianos e demais sistemas.

 

As lideranças relatam também que os casos de malária aumentaram exponencialmente em todas as regiões da Terra Indígena Yanomami nos anos de 2020 e 2021. Já de acordo com Dados do Ministério da Saúde, houve uma diminuição de 5% dos casos de malária: 145.188 em 2020 e 137.648 em 2021.

Somam-se as denúncias, a falta de medicação para tratar a malária e insumos, como lâminas, lancetas e corante, e a deficiência de profissionais das equipes multidisciplinares de saúde e microscopistas Yanomami.

A situação relatada acima tem piorado principalmente, segundo o documento, nas comunidades Korekorema, Kawani e na região de Homoxi. Muitos indígenas dessas comunidades têm ido aos postos de saúde, mas os encontram de portas fechadas. Só no mês de junho, três indígenas dessas comunidades morreram devido à falta de tratamento e medicamentos para doenças como a malária e outras doenças.

Na região de Homoxi, os postos de saúde estão fechados e sem a presença de agentes da saúde. Nessa localidade há muitos problemas relacionados a verminoses e, além disso, muitos ianomâmis tiveram problemas respiratórios e sintomas da covid-19, mas não puderam saber o diagnóstico ao certo diante da falta de testes da covid-19, segundo a carta.

O documento ainda alerta para escalada de destruição infantil na TI Yanomami que tem sido agravada pela presença de garimpeiros ilegais no território. Os Ianomâmis e autoridades locais estimam que haja mais de 20.000 garimpeiros ilegais em suas terras.

Em nota, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e do DSEI-Y, informou que não há desabastecimento do medicamento albendazol ou outros fármacos, e alegou que continuam fazendo testes de covid-19 em áreas de maior incidência. Veja nota completa abaixo:

“O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e do DSEI-Y, informa que não há desabastecimento do medicamento albendazol ou outros fármacos. O estoque do distrito está reforçado e está sendo distribuído para abastecer os Polos Base da região. Além disso, uma nova recarga está prevista.

A Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena do DSEI-Y continua fazendo busca ativa por casos de Covid-19 e realizando testes em pacientes que vivem em áreas de maior incidência da doença. Não há falta de atendimento de saúde na região, uma vez que as equipes tem adaptado sua rotina de acordo com as especificidades e desafios de cada polo base ou aldeia.

O DSEI-Y está em constante vigilância do cenário epidemiológico, garantindo a melhor assistência aos povos Yanomami e Ye’kwana por intermédio de ações de promoção, prevenção e intervenção na saúde da população indígena da região.”

Dados de malária em áreas indígenas

De acordo com Boletim Especial do Ministério da Saúde, de abril de 2022, entre 2012 e 2021 foram registrados um total de 315.912 casos de malária com transmissão em áreas indígenas da região amazônica brasileira, com média de 31.591 casos anuais, o menor número de casos registrados foi de 20.615 casos em 2014 e o maior foi de 46.795 no ano de 2020.

O estado que apresentou a maior quantidade de casos de malária em áreas
Indígenas foi o do Amazonas com registros acima de 20 mil casos no ano de 2020 e quase 22 mil em 2021. Os estados de Rondônia e Acre, de acordo com dados preliminares do Boletim, apresentaram aumento de 58,2% e 23,5% no número de casos entre os anos de 2020 e 2021.

O boletim concluiu que de 2020 e 2021, os maiores registros de casos de malária foram nos Dsei dos Yanomami, Alto Rio Negro, Rio Tapajós, Leste de Roraima, Médio Rio Solimões e Afuentes, Porto Velho, Médio Rio Purus e Vale do Javari, abrangendo cerca de 93% do total de casos de malária em áreas indígenas registrados em ambos os anos. Essas áreas também possuem alto risco de incidência para casos de malária, segundo o documento.

Autor: Beatriz Carneiro | Fonte: CNN

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Oito em cada dez cidades brasileiras registram falta de medicamentos para atendimento da população!

 


Dados de uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios mostram que mais de 80% das cidades denunciam falta de remédios nas farmácias.

As ausências mais citadas foram do antibiótico Amoxicilina e do anti-inflamatório dipirona. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, em entrevista ao Jornal da CBN, destaca que a questão é gravíssima porque atinge as farmácias básicas, que atendem o cidadão mais desprotegido.

Oito em cada dez cidades brasileiras registram falta de medicamentos para atendimento da população. As ausências mais citadas foram do antibiótico Amoxicilina e do anti-inflamatório dipirona.

O levantamento foi realizado pela Confederação Nacional dos Municípios entre maio e junho. A pesquisa foi feita com 2.469 prefeituras, entre os dias 25 de maio e 20 de junho

Em entrevista ao Jornal da CBN, o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, afirmou que a situação é gravíssima e cobrou um planejamento nacional para resolver o problema. Ele destacou que os municípios não têm como importar insumos.

Ele também alertou que a questão é gravíssima porque atinge as farmácias básicas, que atendem o cidadão mais desprotegido. A ausência dos medicamentos já dura entre 30 e 90 dias em 44,7% dos casos.

Fonte: Bem-estar & Saúde | CBN

Falta de medicamentos pode causar risco potencial de morte', alerta médico sobre no Brasil

 

No Brasil, estimativa da Confederação Nacional dos Municípios estima que o problema já afeta 80% das cidades; em Minas, falta remédio até para câncer



A falta de medicamentos vivenciada em todo o Brasil expõe pacientes que dependem dos fármacos à morte. A avaliação é do vice-presidente da Federação Médica Brasileira, Fernando Mendonça. Nesta sexta-feira, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) emitiu nota informando que 80% das cidades brasileiras enfrentam o problema. 

Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) informou que 51 remédios estão com estoques zerados. Na lista, há drogas indicadas para tratamentos de doenças como câncer, esquizofrenia, parkinson e malária. “Têm medicamentos utilizados na quimioterapia que não têm outras opções e isso se torna um risco potencial de morte dos pacientes que não têm os medicamentos determinados”, alerta Mendonça, também diretor do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG). 

Na lista da SES, há dois medicamentos utilizados nas terapias contra o câncer: o Ciclofosfamida e o Leuprorrelina - este último indicado apenas para quem foi diagnosticado com a doença na próstata. O profissional da saúde lembrou que em algumas doenças, como a pneumonia, a demora em oferecer um coquetel de remédios também é um problema. “Pode ter um agravo por falta de medicamento”, assinala.

Apesar de ter ganhado os debates nesta sexta, o problema não é recente e já ocorre há meses. Em abril, O TEMPO já havia noticiado a escassez de antibióticos e anti-inflamatórios utilizados, principalmente, para tratar enfermidades respiratórias. “Por mais que a gente entenda que existam fatores externos como guerra na Ucrânia, questões na China, alta do dólar, que às vezes fogem à governabilidade, a população está sendo muito prejudicada com a falta de planejamento e previsibilidade para obter medicamentos importantes”, atesta o médico. 

Mendonça, que se especializou na pediatria, relatou que tem recebido retorno de pacientes que tiveram a indicação de antibióticos para tratar inflamações, solicitando que a receita seja alterada por não encontrar os fármacos. “É um problema que afeta o sistema de saúde no geral, não é algo exclusivo do SUS, mas também da saúde suplementar. Estamos vivendo o perigo de não poder oferecer ao paciente aquilo que a medicina entende de melhor ao paciente e isso foge da possibilidade de resolução dos médicos”, lamenta. 

Problema sem solução 

Apesar da urgência em se resolver o problema, Fernando Mendonça não crê em uma melhora no cenário a curto e médio prazo. Ele criticou a postura do governo federal frente o assunto e afirmou que o problema tem o mesmo nível de gravidade da situação econômica e de vulnerabilidade social que culminou com a Pec Kamikase. “São R$ 40 bilhões que vai ajudar os caminhoneiros, mas tem coisa ainda mais grave para gastar esse dinheiro”, criticou o vice-presidente da Federação Médica Brasileira. 

Mendonça ainda pediu que sejam implementadas políticas públicas que garantam à sociedade o acesso às medicações, independente da rede de saúde em que as pessoas são atendidas. “É viabilizar, do ponto de vista financeiro, a solução para a falta do insumo. Ir comprar onde tem disponível”, opina. 

O que dizem os órgãos? 

Em nota, a SES-MG informou que "as estratégias para tentar mitigar os efeitos dos desabastecimentos têm sido discutidas em âmbito nacional, entre Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)".

A Prefeitura de BH esclareceu que "os usuários são orientados a procurar as equipes de Saúde da Família para que sejam reavaliadas a prescrição e a possibilidade de indicação de outro medicamento. É importante esclarecer que o contato com os fornecedores é constante para manter o abastecimento dos estoques sempre em dia".

O Ministério da Saúde foi questionado, mas não respondeu ao e-mail enviado pela reportagem. 

Por que há falta de medicamentos?

A falta de medicamentos, conforme fontes consultadas pela reportagem, se deve ao lockdown na China. O país asiático abastece o Brasil de matéria-prima para produção de medicamentos e tem adotado medidas duras contra a Covid-19. 

Com as indústrias chinesas fechadas, países como o Brasil, que dependem da oferta chinesa, passam aperto. Há quem diga também que o País só está nessa situação porque não investiu em tecnologia, já que tem capacidade de produzir esses medicamentos por aqui.

“É uma falta de medicamentos sazonal, que vem desde o início do ano. Hora é uma matéria-prima que falta, e outra hora é outra matéria-prima. Já tivemos falta de dipirona e solução de vários xaropes. A maioria dos medicamentos é para uso infantil. Agora, estamos passando pela falta de alguns produtos antibióticos. As amoxicilinas líquidas, para uso do público infantil e juvenil”, diz Rony Anderson, vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Minas Gerais (Sincofarma).

De acordo com Rony, a indústria tem informado que o fechamento da China atrasa os pedidos. “A matéria-prima vem toda do continente asiático. Quando esse medicamento chega, ele ainda tem que passar por uma quarentena. Por mais que possa vir de avião, esse produto ainda tem que aguardar um tempo. A gente tem passado o ano inteiro com faltas recorrentes”, afirma o vice-presidente do Sincofarma.

Por Simon Nascimento e Gabriel Ronan

Fonte: O TEMPO EDITORA

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Agência Europeia de Medicamentos - orienta para não se usar heparina para coágulos ligados à vacina COVID-19


Imagem da EMA - Agencia Europeia de Medicamentos em Amsterdã

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) nesta segunda-feira, passou orientações para os médicos não usarem o anticoagulante heparina para tratar coágulos sanguíneos raros e plaquetas sanguíneas baixas em pessoas que receberam AstraZeneca (AZN.L) ou Johnson & Johnson (JNJ.N) COVID- 19.

O órgão regulador europeu de medicamentos, buscando garantir o tratamento adequado, destacou as orientações provisórias da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH). Em abril, o ISTH concluiu que "o manejo deve ser iniciado com anticoagulação sem heparina, sob suspeita" de coagulação associada à vacina e plaquetas baixas.

A ação da EMA que ressalta as diretrizes do ISTH está em linha com as recomendações da Food and Drug Administration (FDA) e dos Centros de Controle de Doenças, que emitiram fortes advertências contra o uso de heparina nesses casos, alegando que parecia piorar a condição. consulte Mais informação

De acordo com as diretrizes do ISTH, assim que um caso de coagulação induzida por vacina e plaquetas baixas for confirmado, os médicos devem continuar com anticoagulantes não heparínicos, bem como considerar a administração de imunoglobulina intravenosa em altas doses, que também foi recomendada por médicos da Alemanha Greifswald University para ajudar a neutralizar os efeitos colaterais raros, mas potencialmente mortais.

Em 28 de maio, um total de 316 casos de coágulos sanguíneos raros com plaquetas baixas foram registrados em adultos que receberam a vacina COVID-19 da AstraZeneca (AZN.L) no Espaço Econômico Europeu, disse um executivo do regulador de medicamentos da região. consulte Mais informação

A EMA afirmou que os benefícios gerais das vacinas da J&J e da AstraZeneca superam quaisquer riscos apresentados por elas, embora alguns países tenham limitado aqueles que recebem essas vacinas específicas a grupos de idade mais velhos ou, no caso da Dinamarca e da Noruega, suspenderam as vacinas completamente. consulte Mais informação

Médicos em todo o mundo ainda estão investigando as possíveis causas da coagulação e do baixo teor de plaquetas, com algum estreitamento no vetor viral das vacinas que transporta a informação genética para as células para a produção de proteínas do coronavírus que desencadeiam a resposta imunológica. consulte Mais informação

Fonte: Reuters